
A influenciadora digital Virginia Fonseca prestou depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Bets no Senado, em 13 de maio de 2025, para esclarecer sua participação em campanhas publicitárias relacionadas a jogos de apostas online e os contratos firmados com empresas do setor. A CPI investiga o impacto das apostas no orçamento das famílias brasileiras e possíveis irregularidades na publicidade feita por influenciadores digitais.
Depoimento detalhado e contexto da investigação
Virginia Fonseca, que acumula cerca de 50 milhões de seguidores no Instagram, foi convocada pela relatora da CPI, senadora Soraya Thronicke, para explicar sua relação com as casas de apostas e o alcance da divulgação dessas plataformas entre seus seguidores. Durante o depoimento, a influenciadora negou ter recebido valores extras vinculados às perdas dos apostadores, conhecida como “cláusula da desgraça”. Segundo ela, seu contrato previa apenas um bônus de 30% caso a empresa dobrasse o lucro, o que nunca ocorreu.
Além disso, Virginia revelou que os vídeos promocionais que publica são feitos com contas fornecidas pelas próprias empresas de apostas, e não com suas contas pessoais, embora o aplicativo utilizado seja o mesmo disponível ao público. Ela ressaltou que sempre deixa claro que as apostas são para entretenimento e que alertou seus seguidores sobre os riscos envolvidos.
A CPI das Bets investiga ainda a prática de publicidade direcionada a públicos vulneráveis, como menores de idade, e possíveis conexões do setor de apostas com atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro. O depoimento da influenciadora integra uma série de oitivas de influenciadores digitais e outras personalidades ligadas ao mercado de apostas.
Impactos para os jogadores brasileiros
Este depoimento ocorre em um momento de regulamentação crescente do mercado de apostas no Brasil. Desde janeiro de 2025, o setor opera sob regras rigorosas da Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda, que exigem transparência, prevenção à lavagem de dinheiro e práticas de jogo responsável. Empresas não autorizadas estão proibidas de atuar e fazer publicidade no país.
Dados do Banco Central indicam que os apostadores brasileiros movimentam até R$ 30 bilhões por mês em apostas esportivas, o que revela a dimensão do mercado e a necessidade de fiscalização para proteger os consumidores. A CPI busca garantir que a publicidade feita por influenciadores não estimule o jogo irresponsável, especialmente entre jovens e pessoas vulneráveis.
O que isso significa para você, jogador?
Se você é jogador no Brasil, deve estar atento às mudanças no mercado regulado de apostas, que visa oferecer maior segurança e transparência. A CPI das Bets reforça a importância de que influenciadores e empresas cumpram regras claras para evitar a promoção excessiva e enganosa dos jogos de azar.
Também é fundamental compreender que nem todo conteúdo de promoção de apostas reflete uma experiência pessoal genuína, como no caso de Virginia Fonseca, que utiliza contas fornecidas pelas casas para gravações. Isso reforça a necessidade de cautela e consciência ao consumir esse tipo de conteúdo, e que nós do Febre de Cassino, não compactuamos com propagandas enganosas.